Assim que é, e daí? (Ukamau y ké)

Abraham Bojórquez, cofundador e líder do grupo Ukamau y ké, foi responsável por desenvolver o hip hop na língua aimará que estremeceu a sociedade latino-americana no início do século 21 por meio de sua lírica rebelde. A despeito disso, ainda no auge da carreira, morreu violentamente no mesmo dia em que finalizava a gravação de

Amarração

Evocar a AMARRAÇÃO como um trabalho político-poético de reconhecer a necessidade de união estratégica e consciente de uma retomada indígena e afro diaspórica ancestral. Curar feridas coloniais que nos distanciam da divindade da terra a partir das propriedades curativas das ervas no processo de queima e defumação. No processo de oferendar, reverbera no corpo-ser da

Olhos de erê

Luan Manzo tem seis anos e é bisneto da matriarca Mametu Muiande do Quilombo Manzo N’gunzo Kaiango, um dos quilombos reconhecidos pela cidade de Belo Horizonte. Fundado em 1970 por um preto velho, pai Benedito, Manzo é palácio de rei, governado por uma rainha. Ali germinam sementes e crianças num processo educativo — a afrobetização

Mutações do racismo: a experiência de um jovem universitário (Mutaciones del racismo: la experiencia de un joven universitario)

Neste documentário, Jonathan Hurtado narra sua experiência com o racismo ao longo de sua vida, inclusive no próprio seio familiar. Conforme a cor de sua pele e a sua ancestralidade parecem transformar-se num impeditivo para a materialização de seus sonhos, também cresce a sua consciência e identidade racial. Utilizando como ponto de partida a composição

Negra

Eu tinha sete anos quando alguém me chamou, em uma rua, de “negra”. Virei-me para ver a quem chamavam, até que entendi que era a mim. Foi nesse dia que descobri que era negra e as risadas que tal chamamento disparou me fizeram perceber que ser negra não era algo bom. Só eu havia passado

Del palenque de San Basilio

Este documento visual e sonoro encenado foi elaborado ao longo de 17 anos e se situa no enclave dos africanos que escaparam da escravidão em Cartagena das Índias. Durante séculos, conseguiram preservar seus ritos ancestrais, sua própria música e linguagem: San Basílio de Palenque. Durante 85 minutos, este filme nos faz vibrar com os tambores

Tambores afro-uruguaios

Os tambores trazidos pelos africanos escravizados durante a colonização sobreviveram e ganharam novas forças no Uruguai. O candombe, símbolo de um povo reprimido pelos colonizadores, tornou-se uma necessidade de expressão e liberdade dos africanos e hoje tem presença especial no Carnaval do Uruguai.

Diabinhos, diabinhas e alminhas

Em Guerrero, México, a tradição afro-mexicana intitulada “Dança dos diabos” representa uma ida ao outro mundo para dançar aos mortos. Permeando essa rica tradição, estão os episódios cotidianos de violência perpetrados pela narcocultura. Contudo, as crianças seguem lutando para manter viva a tradição.