Amarração

Dirigido por

Hariel Revignet

Gênero

Experimental

Ano

2020

Exibição

5 de junho (sábado) às 19h

Disponível até
7 de junho às 14h

Duração

7 minutos

País

Brasil

Compartilhe

Evocar a AMARRAÇÃO como um trabalho político-poético de reconhecer a necessidade de união estratégica e consciente de uma retomada indígena e afro diaspórica ancestral. Curar feridas coloniais que nos distanciam da divindade da terra a partir das propriedades curativas das ervas no processo de queima e defumação. No processo de oferendar, reverbera no corpo-ser da Terra, seus povos originários. Pedir Licença, Agô. Esta amarração acontece através da abertura e intenção decolonial da performance-ritual. Hariel Revignet, mulher cis, gabonesa brasileira, mulher de terreiro, convida Mirna Kambeba Omágua Anaquiri, mulher cis, indígena do povo Omágua da Amazônia, para este processo de amarração (colheita das ervas, preparação dos incensos naturais, rezo e canto, queima e defumação). Esta obra evoca diferentes mulheres cis e não cis de diferentes povos ameríndios, afro e afrodiaspóricas. Que aterram num processo de defesa, ataque, assentamento, transmutação e demarcação a partir das ervas, que fazem parte do seu corpo, território e espírito.

Um filme de Hariel Revignet
Performance: Hariel Revignet, Mirna Kambeba Omágua Anaquiri
Música: “Oferendar” | Karl Araújo
Montagem, som: Iago Araújo

Filmes relacionados

  • Diabinhos, diabinhas e alminhas

    Em Guerrero, México, a tradição afro-mexicana intitulada “Dança dos diabos” representa uma ida ao outro mundo para dançar aos mortos. Permeando essa rica tradição, estão os episódios cotidianos de violência perpetrados pela narcocultura. Contudo, as crianças seguem lutando para manter viva a tradição.

  • Tambores afro-uruguaios

    Os tambores trazidos pelos africanos escravizados durante a colonização sobreviveram e ganharam novas forças no Uruguai. O candombe, símbolo de um povo reprimido pelos colonizadores, tornou-se uma necessidade de expressão e liberdade dos africanos e hoje tem presença especial no Carnaval do Uruguai.

  • Herança de um povo (Herencia de un pueblo)

    Ambientada na vibrante cidade de El Carmen, na região de Chincha, no Peru, Herança de um povo destaca o legado de sua população, da cidade e da dança da população negra do país.

  • Negra

    Eu tinha sete anos quando alguém me chamou, em uma rua, de “negra”. Virei-me para ver a quem chamavam, até que entendi que era a mim. Foi nesse dia que descobri que era negra e as risadas que tal chamamento disparou me fizeram perceber que ser negra não era algo bom. Só eu havia passado