Informação importante ao público:
O filme que você verá a seguir foi lançado em 2007, momento em que a discussão pública sobre transgeneridade e transidentidades estava em outro patamar. Entendemos que se referir no masculino representa um desrespeito às pessoas travestis e mulheres trans. Todavia, pelo fato de que Stefany e seu entorno assim o faz, optamos, na tradução, por manter o gênero tal como os personagens o expressam. Contudo, a cada instância em que a personagem é referida no masculino, decidimos marcar com um “asterisco” para explicitar essa fissura.

Apesar da incompreensão e da rejeição que sofre, Jesús Emilio “Chure” assume sua personalidade de mulher com o nome de Stefany, uma travesti que afronta sua sexualidade em um ambiente pouco tolerante, homofóbico e marginalizado na região de Chocó, Colômbia. Este documentário narra, em primeira pessoa, a difícil trajetória de Stefany em sua intimidade, com sua fé, dores e solidões em um ambiente machista contra o qual ela tem de superar sua condição de “negra, pobre, travesti e feia”, e também lutar contra os preconceitos culturais. Cercada de alabaos, rezas, cantos, música e bebida, abre-se um espectro para o encontro, a socialização e o reconhecimento em ritos de morte que para ela, paradoxalmente, trazem a vida.

Direção, pesquisa, roteiro, montagem e produção: Ana Cristina Monroy
Protagonista: Stefany Martínez Ibarguen
Elenco secundário: Enerfina Ibarguen, Didier Darío Gómez Ibarguen, Ángel Roberto Rivas
Produção de campo: Rafael Eduardo Escobar
Direção de fotografia: Javier Quintero
Som: Milena Zuluaga
Cantora de alabaos: Cruz María Mosquera
Trilha complementar: Coron Pastoral Espíritu Santo. Condoto
Mixagem: Jontre
Apoio: Secretaría de Cultura, Recreación y Deporte-Cinemateca Distrital- Bogotá